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– Ela é tão livre que um dia será presa.
– Presa por quê?
– Por excesso de liberdade.
– Mas essa liberdade é inocente?
– É. Até mesmo ingênua.
– Então por que a prisão?
– Porque a liberdade ofende.
Clarice Lispector
in Um sopro de vida, 1977
A Companhia Jovem de Dança de Ílhavo (CJDI) estreia a sua quinta criação, dirigida pelo diretor artístico e pedagógico da Companhia, o coreógrafo Luiz Antunes. ‘GINECEU’ é o primeiro espetáculo da CJDI que abriu convocatória a bailarinos externos às escolas de dança do município, mantendo no entanto a relação de proximidade com as mesmas, e conta com 14 intérpretes, figurinos de Joel Reigota, composição musical de Henrique Portovedo, cenografia de Tiago Pinhal Costa e assistência à criação de Marco Olival. Reflete sobre utopias, distopias, aparições e superstições num “falso mundo cor-de-rosa”. Num universo marcado pela opressão, percorre narrativas pseudo poéticas de submissão, de controle dos corpos e resistência, numa tentativa de recuperar uma identidade fragmentada pelo rigor das normas e pela busca incessante de libertação. O espetador é responsável pela interpretação que faz e por aquilo que decide levar consigo.
Ficha técnica
direção artística e pedagógica da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo Luiz Antunes
conceção e direção artística Luiz Antunes
criação coreográfica Luiz Antunes e Marco Olival
assistência de criação Marco Olival
bailarinos/as interpretes Alice Alves, Constança Silva, Inês Ramalho, Iris Sacramento, Ivy Thurler, Jasmim Correia, Kika Fernandes, Laura Duarte, Maria Miguel Ferreira, Matilde Taveira, Marco Olival, Rosa Ramos, Sofia Tavares, Vasco Felícia
composição musical Henrique Portovedo
figurinos Joel Reigota
cenografia Tiago Pinhal Costa
desenho de luz João Brito e Tiago Pinhal Costa
fotografia João Versos Roldão e Margarida Dias
agradecimentos Pedro Santos, Vasco Araújo
produção 23 Milhas, Heurtebise
parcerias Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, FulldanceStudio e IP Arabesque
Biografias
Luíz Antunes
Bailarino, coreógrafo e investigador. Licenciado em Dança pela F. M.H. da U.T.L., tem formação em Música pelo Conservatório de Lisboa e Covilhã̃. Cruza-se com Anna Mascolo que terá um papel decisivo no seu percurso. A sua formação foi complementada em cursos na escola da Ópera de Paris e na escola de Jacques Lecoq. Pós-Graduação em Gestão Cultural pelo ISCTE na Business School. Foi estagiário na área artística e de produção do Ballet Gulbenkian. Foi assistente de composição coreográfica de Olga Roriz. Como coreógrafo desenvolve o seu trabalho desde 2000. Publicou vários trabalhos e artigos na área de investigação e colabora com várias revistas de arte. Foi editor convidado da revista Literária Textos e Pretextos -11 “Coreo-Grafias” do Centro de Estudos Comparatistas da F.L.L, onde foi coordenador de Arte. Estudou e trabalhou com Joclécio Azevedo, João Fiadeiro, Né Barros, Jorge Levy, Allan Falieri, Tânia Carvalho, André́ e. Teodósio, Pedro Penim, Miguel Loureiro, Vasco Araújo. A convite do OPART - Estúdios Victor Córdon, desenvolveu o ciclo conferências "Encontros para o Futuro" onde foi curador convidado das duas primeiras edições. Autor da série documental Portugal que Dança para a RTP2 e de três documentários sobre Vera Mantero, Olga Roriz e Clara Andermatt, com realização de Cristina Ferreira Gomes. Realizou as entrevistas e colaborou no argumento do documentário “Um corpo que Dança” sobre o Ballet Gulbenkian de Marco Martins. Cisnografia foi a sua última composição coreográfica para tela e ecrã. Diretor artístico da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo no âmbito do projeto 23 Milhas - Ílhavo. Programador convidado da edição '23 do Festival Cumplicidades.Fundador da Heurtebise - Associação Cultural e cocriador do projeto -mente.
Marco Olival
Nasceu no Funchal, 1999. Começou os seus estudos na Escola de Dança do Funchal e termina o Curso Secundário de Dança no Ginasiano Escola de Dança, no Porto. Frequentou a Formação Avançada em Interpretação e Criação Coreográfica pela Companhia Instável e mais tarde o Programa de Treino Avançado em Dança Contemporânea no PERFORMACT, em Torres Vedras. Integrou projetos de criadores como Victor Hugo Pontes, Catarina Miranda, Henrique Amoedo, António Lago e Suzana Chiocca, Olsi Gjeci, Diana Seabra, Daniel Matos, Maria Clara Villa-Lobos, Sofia Brito e Eduardo Breda. Enquanto criador, cocriou PODA (2020) com a artista Diana Duarte, coreografou para a curta-metragem ENTAGLEMENT (2023) de Nuno Serrão e criou INDOMADO (2023) no âmbito do projeto Impulso. Atualmente frequenta o Mestrado em Criação Coreográfica e Práticas Profissionais da Escola Superior de Dança, em Lisboa.
Henrique Portovedo
Encontra o seu lugar na musica contemporânea, tendo estreado mais de 40 obras a si dedicadas. Foi premiado com o Prémio de Mérito da Fundação António Pascoal, Prémio de Mérito Artístico Fundação Eng. António de Almeida, 1st Prize of the International Youth Soloist Contest Purmerend, Trinity Music Award, Prémio Jovens Criadores pelo Instituto Português de Artes e Ideias, Prémio do Centro Nacional de Cultura na Área da Música e também premiado enquanto investigador pela Sociedade Britânica para Educação Musical e Psicologia da Música. Tem sido artista em residência no ZKM Karlsruhe, Edinburgh University e na University of Califonia Santa Barbara. Portovedo é membro fundador do European Saxophone Comité, Presidente da Associação Portuguesa do Saxofone e diretor artístico do European Saxophone Congress 2017. Enquanto investigador na área da Ciência e Tecnologia das Artes, foram-lhe atribuídos financiamentos de investigação pela FCT e Fulbright. Como performer e artista sonoro tem apresentado criações multidisciplinares em festivais de todo o mundo, sendo regularmente solista com alguns dos mais relevantes ensembles contemporâneos. É regularmente convidado para ministrar masterclasses e concertos em alguns dos mais prestigiantes festivais e conservatórios superiores, tais como, Conservatoire Royal de Bruxelles, Steinhard University New York, Giuseppe Verdi Conservatori Milano, Hochschule fur Musik Karlsruhe, entre muitos outros. Atualmente é investigador principal no INET-MD enquanto coordenador do Grupo de Criação, Performance e Investigação Artística. Desempenha atividade docente na Universidade de Aveiro.
Joel Reigota
Nasceu em 1968 em Ílhavo, Aveiro - Portugal e tem quase 30 anos de carreira. Desde cedo manifestou o seu interesse pelos tecidos e tesouras e com apenas 20 anos licenciou-se em Design de Moda na Gudy Fashion School no Porto com nota máxima. Estágio com designers de renome mundial na ESMOD Paris.
Tiago Pinhal Costa
Nasceu em Matosinhos, 1984. É arquiteto e vive em Lisboa. Formou-se no DAAUM-Universidade do Minho, tendo frequentado a FAU-UFRJ no Rio de Janeiro, Brasil. Em Arquitetura colaborou com o Arqº Paulo Henriques Ferreira (Porto), no atelier extrastudio e na empresa Coporgest SA entre 2010 e 2021. Em 2022 fundou a Parte Estúdio, Lda. (www.parte.studio) que presta essencialmente serviços de arquitetura, design de interiores e cenografia. Foi vogal, na Secção Regional da Ordem dos Arquitetos de 2011 a 2016. É coautor do artigo “Keep it Rusty: Invisible Architecture” na RGS-IBG Annual International Conference 2011 em Londres. Em cenografia foi autor/co-autor em produções artísticas de/com: José Capela (malavoadora), Cláudia Lucas Chéu & Albano Jerónimo (TN21), Catarina Vieira, Solange Freitas, David Marques, Tiago Cadete , Luís Araújo (TEP e Ao Cabo Teatro), Ricardo Neves-Neves (Teatro do Eléctrico), Daniel Gorjão e João Villas-Boas (Teatro do Vão), Luiz Antunes (heurtebise) e com o Serviço Educativo da Casa da Música, com apresentações em território Português (tais como: Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Carlos Alberto, Teatro Virgínia, Centro Cultural de Belém, Teatro da Politécnica, malavoadora/Porto, Teatro do Campo Alegre, Centro Cultural Vila Flor, Teatro São Luiz, Teatro Municipal Maria Matos, Culturgest, e em território estrangeiro Tel Aviv e Rio de Janeiro. Participação em festivais: Temps d’Image (Lisboa-PT), FITEI (Porto-PT) e Festival Materiais Diversos (Minde-PT). Participou na masterclasse promovida pela UTE e a Creative Europe em Rostov (Rússia) em representação nacional, coproduzido pelo Teatro Maly de Moscovo dirigido pelo diretor artístico do Teatro Bulandra de Bucareste Alexandru Darie.
2+3 Nov 24
SCHEDULE
2 novembro - 21h30
3 novembro - 15h00
CATEGORIE
AGE GROUP
M/6
PRICE
3,00€
TICKETS
Ao longo de dois meses, oito músicos que não se conheciam trabalharam em conjunto em três concertos que apresentaram no Festival Rádio Faneca e na Milha - Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo, no âmbito dos Encontros da PRAIA - plataforma de registo de artistas ilhavenses.
Guilherme Fradinho é um músico natural de Ílhavo e, neste concerto, promete uma viagem entre o jazz e a sonoridade da música dos anos 60, através da improvisação e dos temas originais escritos por si.
Ayela, nome artístico de Daniela Amaral Cardoso, cantora e compositora, faz a sua estreia em palco numa viagem sonora que funde a música eletrónica, tradicional e a pop alternativa.
O encontro de Charles Lazer e Vitória Wilkens resultou numa coisa que parece um pôr-do-sol com os amigos em pleno verão, uma discoteca em Berlim e um clube de jazz, tudo ao mesmo tempo, num concerto só.
Projecto X.X é Francisco Evans e Feed The Horse é Tomé Azevedo. Neste concerto, juntam guitarradas clássicas do rock português dos anos 90 aos novos barulhos que têm surgido dos cantos mais sujos das cidades e da internet.
Adriana Grego, Jorge Anjos, Micael Lourenço e Xumiga construíram, em resposta ao desafio do 23 Milhas, o espetáculo “Sons de abril, ecos de liberdade”, em que celebram os 50 anos de revolução recriando o dia 25 de abril de 1974 a partir das memórias de Jorge Anjos, que estava nas ruas de Lisboa nesse dia.
Depois de interpretar Fausto Bordalo Dias em 2023, sob a orientação dos Lavoisier, o projeto comunitário da Orquestra do Mar regressa e convida Samuel Úria para assumir os comandos na interpretação do disco ‘Uma Canção para a Europa’, editado por Carlos do Carmo em 1976, bem como outras músicas lançadas no mesmo ano.
A Companhia Jovem de Dança de Ílhavo (CJDI) estreia a sua quinta criação, dirigida pelo diretor artístico e pedagógico da Companhia, o coreógrafo Luiz Antunes.
Depois de se ter apresentado pela primeira vez em 2023, quando se juntou para cantar canções de José Afonso, o Coro da Madrugada regressa agora na versão ‘Uma Nova Manhã’, para cantar canções que surgiram depois do 25 de Abril, de nomes como Fausto Bordalo Dias, José Mário Branco, Sérgio Godinho ou Jorge Palma.
No contexto das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, a Orquestra Filarmónica Gafanhense propõe um programa exclusivo dedicado a alguns daqueles que têm cantado a Liberdade em Portugal.
234 397 260
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