Robertos e marionetas
O Palheta regressa para uma quinta edição marcada pela mudança.
Este ano, o festival olha para os sonhos e as dores de crescimento, das pessoas e do mundo, mas também para limitações e barreiras. “Fronteiras” manipula objetos e personagens para falar sobre migração; “Dura dita dura” recorda um país outrora mudo, em que as paredes tinham ouvidos. “O meu avô consegue voar” reflete sobre a memória e a saudade, enquanto “Os sonhos de Tom” pergunta o que fizemos com os nossos de infância. Em “Ninho” fala-se sobre as coisas simples que nos tornam menos mudos. “Alfredo o colecionador das borboletas” não é um espetáculo sobre borboletas, mas um importante discurso sobre deficiência e liberdade. O habitual teatro de Dom Roberto e a oficina “Meias Monstras”, complementam o programa deste Palheta, que acontece não só na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré, mas também noutros espaços do Município de Ílhavo. Paralelamente, mantém-se o desafio à turma de artes da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, com um projeto dirigido pelo marionetista e encenador Rui Queiroz de Matos
Em todos estes espetáculos existe uma mudança. Uma fuga, o tempo, um cravo, um poema: todas coisas que podem mudar uma vida. Outras, o mundo até.
O que é o Palheta?
Em 2014, começou na Gafanha da Nazaré uma Mostra de Robertos e Marionetas na cidade. Surgiu a partir do legado de Armando Ferraz e da por isso evidente ligação deste tipo de teatro com o território. Em 2018, e depois do surgimento do 23 Milhas com novos planos para um trabalho alargado para essa relação, a Mostra transformou-se em Palheta. Por causa do utensílio com que se dá voz aos Robertos, mas também a partir da ideia de estar na palheta, um conforto e um confronto que estes encontros permitem, e ainda por causa da palheta que serve para nos dar música. O Palheta é agora, mais do que uma mostra, isso mesmo: uma possibilidade de encontro a vários níveis.
O festival estendeu-se, nestes últimos anos, a vários pontos da cidade, criando parcerias, desafiando a comunidade, as escolas e o comércio local. A programação não só se internacionalizou, como se diversificou, dando lugar a outros tipos de fantoche.
O Palheta é hoje um festival para todos, com propostas diversificadas, oficinas durante e antes do festival, e um trabalho contínuo que garante a continuidade não só da sua existência, mas também da história dos robertos e das marionetas.
Informação dos locais
O Palheta - Robertos e Marionetas acontece em vários espaços na Gafanha da Nazaré. Além da Fábrica das Ideias, espaço cultural do 23 Milhas, sede do festival, estende-se a outros locais como a Casa da Música, a Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, a Escola Secundária, o Mercado ou a própria rua.
Áreas programáticas
EXPOSIÇÕES
Todos os anos o Palheta aposta numa exposição que sirva de mostra do ainda bem composto espólio de robertos e marionetas em Portugal.
A partir da edição de 2020, a Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré acolhe a exposição “Na Ponta da Língua”, um núcleo permanente sobre a relação dos robertos e das marionetas à cidade, desde que o bonecreiro Armando Ferraz se tornou uma referência nesse tipo de teatro na Gafanha da Nazaré, passando pela Mostra de Robertos e Marionetas, até ao Palheta.
PROJETO COMUNIDADE
Todos os anos, o Palheta convida uma companhia de teatro de marionetas para desafiar a comunidade a juntar-se ao festival através da criação de um espetáculo que se insere na sua programação. Na antecipação do festival, acontecem assim, várias oficinas com a comunidade, sendo que já passaram por este projeto dezenas de pessoas.
OFICINAS E PROJETOS COM AS ESCOLAS
O Palheta, à semelhança do 23 Milhas, quer estar próximo das escolas e dos jovens. Em 2019, surgiu na Gafanha da Nazaré a primeira turma de artes do Secundário e, por isso, o projeto Desenhos Articulados. Neste projeto esta turma tem sido desafiada a criar conteúdo artístico, em oficinas com uma companhia de teatro de marionetas, que é depois integrado no festival. Em 2019, foi construída uma marioneta gigante, inspirada no tema marítimo. Em 2020, a partir do tema da máscara, inserida no contexto de rituais, constroem máscaras que serão utilizadas e expostas durante o Palheta.
PERCURSOS
Numa cidade rica em comércio local, o Palheta quer estar próximo das lojas e de quem está lá dentro. São verdadeiros museus de histórias, em permanente contacto com o público. Desde 2019 que o festival desafia um criador a elaborar um percurso, por estas lojas, que as trabalhe em diferentes abordagens. Em 2019, Marina Palácio elaborou um percurso poético por várias lojas da Gafanha da Nazaré. Em 2020, Vera Alvelos desafia os comerciantes, mas também os habitantes da Gafanha da Nazaré a falarem das suas viagens e dos objetos que as representam.
ESPETÁCULOS INTERNACIONAIS
Além de levar até à Gafanha da Nazaré muito do que ainda se faz em Portugal no teatro de marionetas, o Palheta tem uma visão internacional que permite ao festival e a quem o visita conhecer outro tipo de fazer este teatro. A forma como se trabalham as marionetas, como se constroem e os temas abordados diferem de país para país, e do ocidente para o oriente. E o Palheta faz, também, essa viagem.
ESPETÁCULOS PARA FAMÍLIA E GRUPOS ORGANIZADOS
O teatro de marionetas está muitas vezes associado às crianças. Mas não é apenas para elas. Elas são, no entanto, uma grande parte do público deste festival e, certamente, o mais efusivo. A verdade é que os a imprevisibilidade de um Roberto delicia os mais novos. Além de ter dois dias mais dedicados às escolas, também se recebem grupos organizados de associações e seniores, no seguimento do trabalho de mediação do 23 Milhas.
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