Como é habitual, o Territórios Públicos desafia três projetos que constituem boas práticas nas áreas da medicação e dos serviços educativos. Os projetos deste ano destacam-se pela sua génese transformadora da comunidade, dos territórios e dos públicos a que se dirigem: a Orquestra Sem Fronteiras (projeto de inclusão pela música no interior do país), o projeto de jornalismo de investigação Fumaça e o CASCI (distinguido recentemente com o prémio da Igualdade de Género e com o prémio Boas Práticas de Voluntariado Jovem, pelo Instituto Português do Desporto e Juventude).

Intervenientes

• FUMAÇA / Ricardo Esteves 

• Centro Comunitário do CASCI, Clube Jovem – Saber Ser é Fazer a Diferença/ oão Alves

• ORQUESTRA SEM FRONTEIRAS / Stephanie Rowcliffe

Moderação: Artur da Rosa Pires

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FUMAÇA

Ricardo Esteves Ribeiro é cofundador e jornalista no Fumaça, um podcast de jornalismo de investigação focado em injustiças e desigualdades, que cria áudio-documentários. No passado, através de investigações que, por vezes, duraram anos, o Fumaça cobriu a ocupação sionista da Palestina, a “Europa Fortaleza” e as políticas anti-imigração, o genocídio do povo Yazidi, a falta de proteção a refugiados climáticos, a exploração de gás natural e o capitalismo “verde”, as falhas no acesso à saúde mental, a indústria da segurança privada, o racismo estrutural, a luta das trabalhadoras domésticas, entre outros. O projeto está a caminho de se tornar a primeira redação totalmente financiada pelo público em Portugal, mantendo o jornalismo sem fins lucrativos, sem publicidade, radicalmente transparente e sem paywalls, investidores ou conteúdo patrocinado por empresas.

Centro Comunitário do CASCI, Clube Jovem – Saber Ser é Fazer a Diferença

O Centro Comunitário do CASCI é uma resposta social de apoio à comunidade, com enfoque nas franjas mais desafiadas da população, a qual desenvolve atividades de apoio a seniores, a pessoas com doença mental, a famílias economicamente fragilizadas, a jovens e a crianças. De entre a multitude de atividades e públicos-alvo, nos últimos anos, esta resposta tem desenvolvido vários projetos com jovens, e para jovens, no âmbito do seu “Clube Jovem – Saber Ser é Fazer a Diferença”. Estes projetos são desenvolvidos em parceria com o IPDJ na concretização e implementação das candidaturas aos programas “Geração Z”, “Namorar com Fair Play”, “Navegas em Segurança” e ”Voluntariado Jovem para as Florestas”, em que são desenvolvidas atividades de sensibilização para a violência no namoro, igualdade de género, intergeracionalidade, proteção do meio ambiente entre outras. Em 2024, o projeto “O teu futuro não tem género” foi premiado com o primeiro lugar nacional com o Prémio Jovens pela Igualdade – Edição 2024 e o segundo lugar regional na categoria “Boas práticas do voluntariado jovem” para o projeto “ Posso contar-te a minha História?”.   

ORQUESTRA SEM FRONTEIRAS

A Orquestra Sem Fronteiras tem sede em Idanha-a-Nova e existe para apoiar e fixar o talento jovem no interior do país, combatendo o abandono do ensino da música, premiando o mérito académico e promovendo a participação cultural em territórios de baixa densidade populacional. Neste âmbito, apresenta-se em dezenas de localidades, sobretudo no interior raiano, oferecendo concertos, palestras, ensaios abertos e outras ações de pedagogia e introdução à música às populações locais.  No sentido de aprofundar o seu impacto, desenvolve projetos anuais de música em comunidade, privilegiando a ligação a comunidades, escolas e outras realidades sociais no interior do nosso país. Desde a sua fundação, em março de 2019, a OSF já se apresentou em mais de uma centena de ocasiões, apoiando mais de 250 jovens músicos e chegando a vários milhares de pessoas em zonas de baixa densidade populacional.

ARTUR DA ROSA PIRES

Artur da Rosa Pires é Professor Catedrático Aposentado do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território, Universidade de Aveiro.

As suas áreas de trabalho principais centraram-se na preparação e execução de estratégias de desenvolvimento territorial e também na forma como o conhecimento científico e as Instituições de Ensino Superior, designadamente as Universidades, podem contribuir para o bem-estar e para o desenvolvimento sustentável das comunidades locais, em particular no contexto de regiões periféricas da União Europeia.

Participou e coordenou múltiplos projetos nacionais e internacionais, cooperou com várias organizações cívicas e instituições da administração pública em diversos níveis territoriais, incluindo autarquias locais e a Comissão Europeia, e tem diversos trabalhos publicados em editoras e revistas científicas prestigiadas.

Mais recentemente, foi um dos impulsionadores do Programa de Apoio às Pessoas em Luto, promovido pela Câmara Municipal de Ílhavo, instituição com a qual tem desenvolvido uma relação de colaboração no âmbito do voluntariado cívico.

PREÇOS

18,00€ - bilhete geral para os dois dias (inclui Painel Identidade de uma comunidade – Ser e Pertencer + Conversa - Boas Práticas + espetáculo descobri-quê? c/ conversa + 1 oficina)

10,00€ - bilhete - 3 abril (inclui Painel Identidade de uma comunidade – Ser e Pertencer + Conversa - Boas Práticas)

10,00€ - bilhete - 4 abril (inclui espetáculo descobri-quê? c/ conversa + 1 oficina)

Para mais informação, contactar para o email mediacao.23milhas@cm-ilhavo.pt