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17-01 ENTREVISTA: Anabela Mateus e Paula Gomes

A cultura do dia a dia por Anabela Mateus e Paula Gomes, em entrevista

O +Palco arrancou em 2016, numa parceria com o projeto 23 Milhas e junta, para já, cerca de duas dezenas de jovens numa formação que é muito mais que teatral. Na proa,estão as professoras Anabela Mateus, de Educação Física, e Paula Gomes, de Educação Visual, ambas docentes na Escola Básica 2, 3 José Ferreira Pinto Basto, que cumprem agora o sonho de reinventar um projeto que desenvolvem há já alguns anos, com mais palco, mas não só.

O que é o +Palco e como surgiu?

O +Palco é um projeto de formação de teatro para jovens com idade superior aos 13 e até aos 18 anos. Há muito tempo que desenvolvemos um projeto de teatro na escola em que somos professoras [Mar Alegre], e sempre nos deparámos com jovens que seguem os seus estudos noutras escolas e querem dar continuidade a esta atividade connosco, sendo que, até agora, existia um fosso nesta concretização. Nesse sentido, os miúdos e os próprios pais pediram -nos muito um projeto como este e, por sua vez, o Centro Cultural de Ílhavo, atual Casa da Cultura de Ílhavo (CCI), conhecia o nosso trabalho, até porque nascemos juntos, há cerca de dez anos, e temos vindo a desafiar -nos mutuamente ao longo deste tempo. O nível de qualidade dos trabalhos que apresentamos tem vindo a crescer, também porque sabemos que estamos numa sala muito importante na região. Depois, e felizmente, os nossos miúdos querem sempre mais e mais e gostam muito do que fazemos juntos.

São os próprios jovens que se voluntariam?

Sim. Embora já estejamos agrupadas também com a Escola Secundária de Ílhavo, isso no âmbito do Mar Alegre, há muitos alunos que optam por fazer o 3.º ciclo noutras escolas da região e o +Palco é a oportunidade que faltava para prosseguirem o seu percurso connosco.

O +Palco traz um desafio maior, mas também aumenta as possibilidades…

A verdade é que, já quando criámos o “Mar Alegre”, uma das nossas premissas foi sempre não fazer o típico “teatro de escolinha”, tão pouco no espaço tradicional na escola, mas sim levar os nossos jovens para um palco real e poder fazer mais do que ensiná -los a representar. Aquela que é a atual CCI sempre nos abriu a porta, tornou -se uma espécie de segunda casa e, dar este passo em frente, assumir o “+Palco” só faria sentido em parceria com o também recente 23 Milhas, muito nesta lógica de cultura do dia a dia que este projeto pressupõe. Além disso, deixámos de ser duas professoras que dinamizam um projeto, para passarmos a enriquecer a formação dos nossos alunos com as experiências de outras pessoas, atores, encenadores, músicos, dançarinos, assistentes de produção, que visitam os espaços culturais do município com os seus trabalhos.

Isso é ainda mais que palco

É importante que isto não seja só sobre o trabalho de ator. Queremos que os nossos alunos questionem a luz, o palco, a cenografia, os figurinos, no fundo, todo o trabalho que envolve a conceção de um espetáculo. Mais importante que o resultado final é o processo, tudo o que eles vivenciam durante a formação e os momentos de contacto com os profissionais e a realidade da área são oportunidades únicas que lhes propiciam grandes experiências. Estes jovens já assistiram a algumas peças e, embora não tenham feito formação com os artistas, mas as conversas que puderam ter com eles no final das exibições, convidou- -os a pensar os espetáculos de uma outra forma. Além disso, esta é uma forma de criar públicos, de os ensinar a ver outras coisas, não os cingir ao que já conhecem.

O que é bom até enquanto cidadãos.

Absolutamente. Até porque há miúdos que a primeira vez que viram um espetáculo foi agora, connosco. E nós notamos que, entretanto, já são os miúdos a desafiarem os pais a ir com eles ao teatro. Todos os associados do +Palco têm acesso gratuito a qualquer peça de teatro nos quatro espaços culturais do município e eles têm aproveitado isso. Algo que também nos acontece, e que é muito engraçado, é que os alunos nos dizem que, agora que têm uma formação diferente, não se limitam a ver a peça, também questionam a luz, o posicionamento dos atores, o som. Estão mais alerta e isso é fantástico.

Sentem que estes jovens se tornaram cidadãos mais curiosos?

Claro. Por exemplo, terminámos agora aquilo a que chamámos o nosso ciclo de Shakespeare, em que cada jovem foi desafiado a fazer um texto seu a partir do texto original da história de Romeu e Julieta e, só isso, proporciona -lhes um enriquecimento muito intenso quer a nível social, quer a nível de escrita e de leitura. E fizeram -no com uma vontade e criatividade incríveis.

E o futuro?

No futuro, o projeto irá evoluir, muito provavelmente, para algo relacionado com o associativismo, sobretudo para dar novas respostas. Não queremos ser só mais um grupo de teatro. Queremos incluir fotógrafos, dançarinos, artistas plásticos, ilustradores, arquitetos, músicos, aproveitar a parceria com o 23 Milhas e o contributo que estamos dispostas a dar para complementar a oferta na região.

Está prevista alguma apresentação final deste primeiro ciclo de +Palco?

Esta é uma formação que, embora seja longa e abrangente, terá os seus momentos altos, até porque também é interessante que os nossos alunos tenham oportunidade de mostrar o que fazem. Existirá, muito provavelmente, uma demonstração pública no Festival Rádio Faneca e, mais à frente, no final deste primeiro ciclo, já em julho, no âmbito do Marolas, um trabalho final que já está a ser desenvolvido e cujo ponto de partida é o Farol da Barra - também para não fugir à inspiração do 23 Milhas. Neste momento, os alunos estão na fase de pesquisa, têm conversado com pessoas ligadas ao tema e estão muito entusiasmados. Mas o resultado mais importante é termos conseguido que eles percebam que o teatro é muito mais que fazer de conta, é sentir, respeitar o outro, estar em equipa, é muito mais que aquilo que parece.

Casa Cultura
EXPOSIÇÃO
21
Apr
16:00
Exposição Mário Marnoto - Uma vida inteira por detrás da máquina
Mário Marnoto

Mário Marnoto saiu de Portugal, pela primeira vez, nos anos 60.  Fugiu e só regressou no 25 de abril de 1974. Estas imagens retratam parte do seu percurso atrás da câmara fotográfica.

Planteia
Oficina
29
Jun
10:30
Oficina Bichos e Bicharocos
Mediação 23 Milhas

Nesta oficina propomos aos participantes que sejam exploradores no nosso jardim e que descubram os pequenos animais que nele habitam. São cada vez mais e já nos parecem todos familiares, embora sejam sempre diferentes e novos.

Casa Cultura
Oficina
23
May
19:00
Formação Clown e Animação de Rua
Zé Pedro da 5ª Oficina

Como é que um corpo se adapta a um ambiente que não conhece? Como nos camuflamos, enquanto personagens em criação e constante criação no meio que habitamos?

Planteia
Oficina
11
May
10:30
Desenhos que o Planteia faz | Oficina de sombras
Inês Melo

Todo os dias o Planteia faz desenhos no chão, desenhos que rodam e mudam de forma.

Planteia
Oficina
13
Apr
10:30
Oficina de Pigmentos Naturais
Mediação 23 Milhas

A natureza está repleta de cores e o Planteia também. Como podemos usar estas cores e pintar a partir delas? Que planta nos dá o amarelo, ou o verde ou o rosa?

Planteia
Oficina
28
Jun
10:00
Jardins Vivos | Oficina boas práticas para um jardim ecologicamente sustentável
Ana Inês Conde

Cuidar de um jardim vai muito além de regar e podar plantas. Para garantir um espaço verde saudável e equilibrado, é fundamental compreender o solo, conhecer as necessidades das plantas e saber interagir com os organismos que nele habitam.

Planteia
Oficina
10
May
10:00
Traços da Natureza | Oficina de Ilustração Botânica
Renato Nakazone

Na ilustração botânica alia-se rigor técnico e sensibilidade estética para representar a diversidade vegetal com detalhe e precisão.

Planteia
Oficina
12
Apr
10:00
Pintar com Linhas | Oficina de Ponto de Arraiolos
António Adauta

O ponto de arraiolos é uma técnica tradicional portuguesa de bordado em lã, amplamente associada à produção de tapetes vistosos, caracterizados pelos seus padrões e cores fortes, reconhecidos pela sua durabilidade.

Planteia
PROGRAMAÇÃO
23
Mar
11:00
Histórias sem corantes
Tiago Sami Pereira

Rodeado de instrumentos musicais, um ator transforma palavras em sons e sons em palavras. Os mais pequenos são convidados a entrar neste mundo de imaginação, mas não só para ver e ouvir, a qualquer momento poderão ser eles as personagens principais da história. Entre lugares imprevistos e situações espontâneas, a história é contada por todos.

Cais Criativo
Music
21
Jun
23:55
Sleep Stages: concertos para dormir, com Coldest Winter e usof
GrETUA + Universidade de Aveiro

O GrETUA, em parceria com a Universidade de Aveiro e o 23 Milhas, volta a abrir espaço para o sono e para tudo o que nele acontece.

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17-01 ENTREVISTA: Anabela Mateus e Paula Gomes
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