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17-04 ENTREVISTA: Henrique Portovedo e Paulo Miranda

A cultura do dia a dia por Henrique Portovedo e Paulo Miranda, em entrevista

No ano passado, sopraram 180 velas na comemoração de muitos outros sopros. Falamos da Filarmónica Gafanhense, na atual direção de Paulo Miranda e aos comandos do Maestro Henrique Portovedo. Nos próximos meses, participam ativamente em alguns dos principais eventos do 23 Milhas, num ano que fica marcado por uma aposta ambiciosa da instituição: tornar a Filarmónica Gafanhense numa referência na música erudita na região.

Falamos de uma instituição que é quase bicentenária e que sofreu, recentemente, uma remodelação com a integração da escola. O pode dizer-se desta fase?

Paulo Miranda: Está a superar as nossas expetativas. Em termos de escola de música, neste momento, temos cerca de 50 alunos. A banda está a crescer, temos mais executantes. O facto de termos um maestro novo ajudou. Está a correr muito bem.

O facto de serem a associação mais antiga do município traz-vos uma responsabilidade acrescida? Como se sustenta isso?

PM: O objetivo desta nova direção é tornar a Filarmónica uma das melhores bandas do município, com mais elementos e novos projetos. Vamos tentar fazer algumas coisas que no passado ainda não se fizeram, mas ainda estamos numa fase de negociações.

Novo maestro, um músico conceituado. Porquê escolher o Henrique Portovedo?

PM: O Henrique é jovem, conhecido internacionalmente e muito conceituado, sim. Apostar nele foi querer mudar. Quisemos mudar o estilo da banda, a ambição, ter novas ideias.

Esta questão de apostar em alguém mais jovem foi consciente e, pelo que vejo, sobretudo intencional. Porquê?

Henrique Portovedo: Foram auscultadas várias potenciais possibilidades até encontrarmos um ponto de equilíbrio entre o que eram as intenções da organização da direção e a filosofia estética sobre este tipo de agrupamentos que eu tenho e pretendemos implementar aqui.

Henrique, que novos projetos existem para a Filarmónica Gafanhense? O que vai mudar?

HP: Em estreita parceria com a direção, encontrámos uma forma de trabalhar que passa por eu não ser o típico maestro de banda, mas sim um diretor artístico de uma instituição. E o que o diretor artístico faz é planear atividades, quer ao nível pedagógico, quer ao nível da própria formação de públicos, quer ao nível do desempenho da banda ao nível das suas funções comerciais. O modelo popular de uma banda filarmónica, hoje em dia é, basicamente, uma função comercial, que é o de suprir os serviços ligados às festas populares e religiosas. Mas uma banda é, sobretudo, uma escola de música em há uma atividade artística profissional. Estamos a proceder a alterações a nível diretivo e artístico, que já se notam no facto de passarmos a integrar o projeto 23 Milhas, através do qual queremos crescer em termos de orquestra que presta um serviço erudito ligado à música e à comunidade.

Está a ser construída uma Casa da Música na Gafanha da Nazaré. Era o que faltava?

PM: É uma nova casa, com melhores condições de trabalho. A Casa da Música não será apenas para a Filarmónica, mas também para o Grupo Etnográfico. Neste momento ensaiamos no Stella Maris, por isso este novo edifício vai resolver muitas necessidades que temos atualmente.

Qualquer pessoa pode ingressar na vossa escola, tenha ou não experiência? Que instrumentos trabalham?

HP: Sim. O ideal até é não ter experiência. Ensinamos instrumentos de sopro, de percussão e piano. Neste momento, as pessoas que entram na escola participam na banda, mas não pomos de parte a hipótese de ministrar cursos livres. Se houver interessados, abrimos.

É já comum participarem nas comemorações do Feriado Municipal e no Festival do Bacalhau, mas este ano há mais desafios, nomeadamente os de participar em projetos ligados ao Ilustração à Vista, ao Festival Rádio Faneca, à Festa da Vista Alegre…

HP: Sim, não apenas nesses eventos,mas também. Neste momento aquilo que perspetivamos é fazer parte da agenda regular dos concertos de auditório nos centros culturais e não apenas nos do projeto 23 Milhas. Para o Festival do Bacalhau deste ano estamos a desenvolver um novo projeto musical, mais ligeiro, mas não popular. Para os outros eventos ainda não podemos adiantar muito mais, mas temos realizado imensos workshops com músicos convidados que passaram a frequentar a nossa instituição, o que é importante ao nível da formação dos músicos e da comunidade que envolve a banda, pais, familiares, sócios. O nosso intuito é prestar diferentes tipos de serviços a todas as pessoas que estão à volta de uma instituição como esta e que é muitíssimo grande.

Esta parceria com o 23 Milhas vai ajudar…

HP: É uma coisa natural. Aliás, admirar-me-ia se assim não fosse. É um processo evolutivo para ambas as partes: é evolutivo para nós em termos de concetualização de espetáculos e de mudança das tradições dos praticantes, mas é também um processo de aprendizagem para o município em si, para a vereação da cultura e para a programação de um projeto como o 23 Milhas, que terá que perceber até onde, em termos de desenvolvimento de espetáculos, uma organização como esta pode chegar. Quando nós estamos nos grandes centros urbanos, há uma prática comum de as pessoas se reunirem para assistir a concertos orquestrais. Claro que, nas cidades ou localidades mais pequenas, quem faz esse tipo de prestação cultural são as orquestras de câmara ou as bandas filarmónicas. E a ideia de que as bandas filarmónicas só servem para desfilar nas festas populares está completamente errada. A programação anual das bandas filarmónicas, que não trabalham apenas no Verão, é precisamente a produção de concertos nos moldes eruditos. É para isso que trabalhamos.

Planteia
OFICINA
24
Sep
10:30
Planteia em família
"A memória das árvores"

As árvores são seres vivos que vivem muito anos. Será que as árvores têm memória? Que memórias guardam as árvores? E nós, que memórias temos das árvores?

Planteia
OFICINA
10
Sep
10:30
Planteia em família
Oficina dos Superpoderes

As plantas têm superpoderes, nós só temos de os descobrir. Sabiam que podemos fazer poções para a calma com flores? E que, para ficarmos concentrados, só precisamos de cheirar uma planta?

Planteia
OFICINA
6
Aug
10:30
Planteia em família
Oficina dos Pássaros

Os pássaros encontram no Planteia um lugar no centro da cidade para parar. Que histórias trazem os pássaros destas viagens que todos dos dias fazem sobre os telhados de Ílhavo?

Cais Criativo
Theater
23
Sep
19:00
Orquídea
Bandevelugo + Comunidade a partir de Natália Correia

Orquídea é a procura de um novo espaço de transgressão, em que palco e poesia se unem para explorar o erotismo, a liberdade e o feminino.

Cais Criativo
Music
5
Aug
19:00
Coro da Madrugada
interpreta José Afonso

Foi a comunidade que aceitou trazer a sua voz (e a de outro amigo também) para celebrar em conjunto o legado de José Afonso.

Município de Ílhavo
DANCE
11
Jul
10:00
Companhia Jovem de Dança
Inscrições para a nova criação

Os trabalhos para a nova criação de Companhia Jovem de Dança de Ílhavo arrancam já no dia 16 de julho, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré. Este ano, a Companhia trabalha não só com as escolas do Município de Ílhavo, como estende o desafio a todos os jovens dos 14 aos 18 anos, com formação prévia em dança.

Casa Cultura
Theater
29
Jul
21:30
Templo de Sílica
xullaji & Peles Negras Máscaras Negras

Este é um ensaio, permanentemente em aberto, sobre tecnolatria, fascização tecnológica, colonialismo digital e necropolítica, que explora a ideia de humanização das máquinas e da robotização dos humanos.

Planteia
OFICINA
23
Jul
10:30
Planteia em família
Oficina das Flores

Já viram uma flor? Mas já olharam mesmo bem para cada flor?

Fábrica Ideias
Theater
30
Sep
21:30
Os Idiotas
Terceira Pessoa

Um grupo de atores e atrizes junta-se para questionar o seu ofício e a sua existência enquanto agentes do acontecimento teatral.

Cais Criativo
Music
25
Aug
19:00
COBRACORAL
Concerto

COBRACORAL entrança as vozes de Catarina Miranda, Clélia Colonna e Ece Canli. Miranda explora a oralidade de um ângulo coreográfico, Colonna pesquisa sobre as tradições polifónicas da Ásia e do Mediterrâneo, e Canli investiga práticas de voz expandida.

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